Texto - 01 -
2º ANO – 2º BIMESTRE
EFEITO
DO TREINAMENTO FÍSICO:
FISIOLÓGICOS,
MORFOLÓGICOS E PSICOSSOCIAIS.
Nas últimas décadas, o conceito
de saúde tem sido ampliado para Promoção de Saúde, que enfatiza a importância
do desenvolvimento comunitário nas questões da saúde individual e coletiva.
Nessa atual definição, há duas grandes perspectivas de atuação: de um lado,
atividades individualizadas focando os estilos de vida e concentrando-se em
componentes educativos relacionados aos riscos comportamentais modificáveis.
Por outro lado, atividades voltadas ao coletivo por meio de políticas públicas
e de ambientes favoráveis ao desenvolvimento da saúde.
Para melhor entendimento dos efeitos da
atividade física e do exercício físico sobre o organismo humano, é fundamental
o conhecimento dos processos de adaptação (entendida como uma organização
orgânica e funcional do organismo), que estão sujeitos a fatores endógenos e
exógenos.
São fatores endógenos (internos): a
idade, o sexo e a condição de treinamento. A infância e adolescência são os
períodos de grande capacidade de adaptação, a qual, apesar de diminuir com o
avanço da idade, mantém-se até o fim da vida. Com relação ao sexo, a capacidade
de adaptação se dá de forma diferenciada; por exemplo, a treinabilidade da
musculatura na mulher é menor, devido à menor quantidade de testosterona.
Quanto à condição de treinamento, os processos de adaptação ocorrem mais
rapidamente quanto menor for o nível de desempenho da pessoa.
São fatores exógenos (externos): a
qualidade e quantidade da sobrecarga e a alimentação. A correta sequência de estímulos,
observando as normas de treinamento (intensidade, duração, freqüência, sobrecarga),
define a forma e a abrangência do processo de adaptação. A alimentação precisa
fornecer os elementos nutricionais necessários para a formação de estruturas
diante dos estímulos de carga.
Para cada tipo de treinamento físico há
adaptações específicas nos diferentes sistemas do corpo, conforme se verifica a
seguir:
TREINAMENTO
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ADAPTAÇÕES ESPECIAS
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Capacidade
anaeróbica
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- Maiores níveis
intramusculares de substratos anaeróbicos (ATP, PCre e glicogênio;
- maior
quantidade e atividade das enzimas-chave, que controlam a fase anaeróbica (glicolítica)
do fracionamento da glicose;
- maior
capacidade de gerar aumento de rendimento sanguíneo de lactato durante
exercício máximo.
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Capacidade
aeróbica
|
Adaptações
metabólicas:
-
aumento no tamanho e número de mitocôndria no músculo esquelético treinado;
-
duplicação do nível das enzimas do sistema aeróbico;
-
melhora na oxidação de ácidos graxos (metabolismo de gorduras e
carboidratos);
-
intensificação da capacidade aeróbica das fibras musculares.
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Adaptações
cardiovasculares;
-
ampliação do tamanho do coração (melhor volume sistólico);
-
aumento do volume plasmático;
-
aumento do volume sistólico de ejeção;
--
diminuição da FC, aumento do débito cardíaco, aumento do oxigênio extraído do
sangue, aumento do fluxo sanguíneo, diminuição da PA.
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Adaptações
pulmonares;
-
aumento da ventilação muscular durante exercício máximo;
-
hipertrofia da musculatura respiratória (músculos intercostais externos e
diafragma).
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Outras
adaptações:
-
modificação na composição corporal;
-
transferência de calor corporal.
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Resistência
muscular
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Adaptações
neurais;
-
maior ativação do Sistema Nervoso Central;
-
melhor sincronização das unidades motoras;
-
reflexos inibitórios neurais mais intensos.
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Adaptações
musculares;
-
hipertrofia das fibras musculares;
-
remodelagem muscular.
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Adaptações
nos tecidos conjuntivos e ósseo:
-
fortalecimento de ligamentos, tendões e tecidos ósseos de apoio.
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Outras
adaptações;
-
modificação na composição corporal.
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Ademais, o
treinamento físico, a depender de suas características, pode produzir efeitos
positivos ou negativos sobre outros sistemas orgânicos: sistema nervoso autônomo (produz relaxamento ou excitabilidade); sistema nervoso central (aumenta a
circulação sanguínea no cérebro); sistema
visual (melhora o desempenho visual); sistema
sensorial sinestésico (melhora a capacidade de desempenho muscular ou leva
à disfunção da propriocepção e surgimento de lesões); sistema imune (estimula a imunidade em atividades leves e de longa
duração ou a prejudica em treinamento muito intenso); e sistema endócrino (libera o hormônio do crescimento e melhora o sistema
regulador hormonal).
Quanto aos
Aspectos
Psicossociais, pode-se falar em efeitos positivos e negativos causados pela atividade física e
exercício físico.
Entre os efeitos
positivos estão: redução de vários sintomas de estresse, da ansiedade,
da depressão moderada e da instabilidade emocional; melhora na autoestima, no
auto-conceito, na imagem corporal e no relacionamento interpessoal.
Têm sido
relatos efeitos negativos decorrentes de treinamento excessivo ou
competição inadequada, tais como: transtornos psicossomáticos ou
gastrointestinais; alterações de apetite e sono; desvio de comportamento;
aumento da ansiedade e agressividade; esgotamento físico e psicológico
(burnout); distúrbios cognitivos (falta de atenção e concentração,
esquecimento, bloqueio mental); e síndrome de saturação esportiva, além da
diminuição dos sentimentos de eficácia, alegria, realização, competência e
controle.
Oi gostaria de saber se esse texto é seu? se é eu posso utilizado para fazer trabalho escolar do ensino médio sem fins lucrativos. reprodução parcial ou total.
ResponderExcluirNão é meu rs,mas pode servir como trabalho pra vc ,eu entrei nesse site e vi
ResponderExcluirgays
ResponderExcluircool
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